Descobri que tenho asas e que sei voar, que o medo é a maior algema que alguém pode ter... É hora de me libertar e voar bem alto, repaginando a Vida com Pensamentos e Poesias ao alcance de todos.
Finalmente livre para voar mais alto... Carpe Diem!

Doe Vida - Doe Medula


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

UM FILHO DE 4 PATAS...

 Nunca pensei na minha vida que adotar um cãozinho seria tão emocionante, apaixonante, confesso que ainda me sinto "mãe fresca" de uma criaturinha tão dependente e ao mesmo tempo tão inocentemente cheia de carinho gratuito que só quem passa pelo mesmo é que sabe do que falo...
Tudo começou quando fui com a minha amiga Lua Beserra (leia-se: mãe de 8 cachorrinhos lindos, a maioria deles, adotados) ao NEAFA (ONG que cuida de cães e gatos abandonados, doentes, com o maior amor do mundo) levar donativos e ver como estava o Anselmo (cachorro que sofreu brutalidade de um desalmado ser, precisando ser operado algumas vezes e que a Lua fez uma campanha pedindo doações em dinheiro para custear seu tratamento, prontamente atendida por muitos corações do bem). Ao chegar lá, vi um filhotinho pequenino que começou a andar entre minhas pernas, de um lado para o outro me acompanhando, uma das vezes foi arrumar encrenca com uma Cadela de porte grande e brava que latia pra ele e o danado corria pra ficar entre minhas pernas como quem diz: "Mexe agora, ela me protege, viu!?".
Peguei ele no colo e a troca de energia boa foi muito grande, fiquei com vontade de leva-lo pra casa, mas como moro em um apartamento, desanimei, ainda mais que tinha que consultar minha irmã que divide o apto comigo. Mas ao conversar com a Diretora da ONG ela me falou que ele era de porte pequeno e com certeza se adaptaria fácil ao ambiente, só precisava de muito carinho, comida e amor (isso é a parte fácil), mas eu precisava ainda consultar minha irmã.
No dia seguinte, mostrei a foto dele pra ela e de cara ela topou, comecei então a organizar tudo pra que nada faltasse pra ele. No dia 03 de outubro (dia do aniversario do meu falecido pai) eu e Lua fomos buscar o pequeno, batizado como FAROFA, o meu farofinha lindo, eu era um misto de alegria e medo que só vendo, afinal, quando você decide adotar um animal tem que fazer com muita responsabilidade, pesando os prós e os contras, é como adotar uma criança, uma vez adotada, você não a devolve pro orfanato, não cabe isso!
Bem, caminho afora, ele muito assustado com o transito, o passeio de carro, paramos pra comprar comida, brinquedinhos, deixei-o em casa com minha irmã e fui trabalhar, ansiosa pra estar com ele à noite e saber como seria essa maternidade finalmente. Ele veio apresentando uma tosse, então veio com um xarope pra administrar e alivia-lo dessa agonia. Os dias se passaram era só carinho e felicidade, mas desespero mesmo eu conheci 6 dias depois quando ele adoeceu, ficou molinho, não queria comer, sem animo, nossa, fiquei em prantos, a minha agonia foi tanta que até o chefe me liberou antes do horário pra leva-lo ao veterinário do NEAFA, Lua como sempre me dando uma força nos levou e ficou aguardando, eu chorava feito uma mãe vendo seu filhinho doentinho, diagnosticaram doença do carrapato, tomou soro, medicação, antibiótico e muita recomendação pra que se ele não melhorasse voltasse ao NEAFA com urgência que era questão de vida ou morte pra ele. 
Passei a dar a medicação direitinho, acordando as 5h da manhã e administrando todos os remédios, me ensinaram receita de pastinha de fígado pra reforçar mais o organismo e eu fiz de imediato. Hoje, ele está bem espertinho, brincalhão, só ontem que de novo não queria se alimentar, mas depois melhorou, mesmo assim, fui correndo em casa ficar com o carinho de mãe, dando comidinha na mão até ele começar a comer. 
A felicidade dele quando eu chego em casa não tem preço, à noite ele dorme no meu quarto e o mais engraçado é que ele consegue subir sozinho na minha cama e acaba dormindo no cantinho da cama, é muito lindo, muito gratificante esse filho de 4 patas que Deus me deu, é muito amor um pelo outro,  deixo até de sair pra dar a medicação dele certinha.
Muitas vezes levo bronca da Lua por mimar demais, mas poxa, sou mãe de primeira viagem, eu mereço cometer alguns errinhos... Amo meu pequeno e não vejo a hora dele ficar bom de vez, tomar as vacinas e irmos dar lindas voltas pela pracinha, mas se ele fizer caquinha, os saquinhos plásticos estarão prontinhos pra apanhar suas caquinhas na rua. 

Beijinhos meus e lambidas felizes do Farofinha...