Descobri que tenho asas e que sei voar, que o medo é a maior algema que alguém pode ter... É hora de me libertar e voar bem alto, repaginando a Vida com Pensamentos e Poesias ao alcance de todos.
Finalmente livre para voar mais alto... Carpe Diem!

Doe Vida - Doe Medula


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

UM FILHO DE 4 PATAS...

 Nunca pensei na minha vida que adotar um cãozinho seria tão emocionante, apaixonante, confesso que ainda me sinto "mãe fresca" de uma criaturinha tão dependente e ao mesmo tempo tão inocentemente cheia de carinho gratuito que só quem passa pelo mesmo é que sabe do que falo...
Tudo começou quando fui com a minha amiga Lua Beserra (leia-se: mãe de 8 cachorrinhos lindos, a maioria deles, adotados) ao NEAFA (ONG que cuida de cães e gatos abandonados, doentes, com o maior amor do mundo) levar donativos e ver como estava o Anselmo (cachorro que sofreu brutalidade de um desalmado ser, precisando ser operado algumas vezes e que a Lua fez uma campanha pedindo doações em dinheiro para custear seu tratamento, prontamente atendida por muitos corações do bem). Ao chegar lá, vi um filhotinho pequenino que começou a andar entre minhas pernas, de um lado para o outro me acompanhando, uma das vezes foi arrumar encrenca com uma Cadela de porte grande e brava que latia pra ele e o danado corria pra ficar entre minhas pernas como quem diz: "Mexe agora, ela me protege, viu!?".
Peguei ele no colo e a troca de energia boa foi muito grande, fiquei com vontade de leva-lo pra casa, mas como moro em um apartamento, desanimei, ainda mais que tinha que consultar minha irmã que divide o apto comigo. Mas ao conversar com a Diretora da ONG ela me falou que ele era de porte pequeno e com certeza se adaptaria fácil ao ambiente, só precisava de muito carinho, comida e amor (isso é a parte fácil), mas eu precisava ainda consultar minha irmã.
No dia seguinte, mostrei a foto dele pra ela e de cara ela topou, comecei então a organizar tudo pra que nada faltasse pra ele. No dia 03 de outubro (dia do aniversario do meu falecido pai) eu e Lua fomos buscar o pequeno, batizado como FAROFA, o meu farofinha lindo, eu era um misto de alegria e medo que só vendo, afinal, quando você decide adotar um animal tem que fazer com muita responsabilidade, pesando os prós e os contras, é como adotar uma criança, uma vez adotada, você não a devolve pro orfanato, não cabe isso!
Bem, caminho afora, ele muito assustado com o transito, o passeio de carro, paramos pra comprar comida, brinquedinhos, deixei-o em casa com minha irmã e fui trabalhar, ansiosa pra estar com ele à noite e saber como seria essa maternidade finalmente. Ele veio apresentando uma tosse, então veio com um xarope pra administrar e alivia-lo dessa agonia. Os dias se passaram era só carinho e felicidade, mas desespero mesmo eu conheci 6 dias depois quando ele adoeceu, ficou molinho, não queria comer, sem animo, nossa, fiquei em prantos, a minha agonia foi tanta que até o chefe me liberou antes do horário pra leva-lo ao veterinário do NEAFA, Lua como sempre me dando uma força nos levou e ficou aguardando, eu chorava feito uma mãe vendo seu filhinho doentinho, diagnosticaram doença do carrapato, tomou soro, medicação, antibiótico e muita recomendação pra que se ele não melhorasse voltasse ao NEAFA com urgência que era questão de vida ou morte pra ele. 
Passei a dar a medicação direitinho, acordando as 5h da manhã e administrando todos os remédios, me ensinaram receita de pastinha de fígado pra reforçar mais o organismo e eu fiz de imediato. Hoje, ele está bem espertinho, brincalhão, só ontem que de novo não queria se alimentar, mas depois melhorou, mesmo assim, fui correndo em casa ficar com o carinho de mãe, dando comidinha na mão até ele começar a comer. 
A felicidade dele quando eu chego em casa não tem preço, à noite ele dorme no meu quarto e o mais engraçado é que ele consegue subir sozinho na minha cama e acaba dormindo no cantinho da cama, é muito lindo, muito gratificante esse filho de 4 patas que Deus me deu, é muito amor um pelo outro,  deixo até de sair pra dar a medicação dele certinha.
Muitas vezes levo bronca da Lua por mimar demais, mas poxa, sou mãe de primeira viagem, eu mereço cometer alguns errinhos... Amo meu pequeno e não vejo a hora dele ficar bom de vez, tomar as vacinas e irmos dar lindas voltas pela pracinha, mas se ele fizer caquinha, os saquinhos plásticos estarão prontinhos pra apanhar suas caquinhas na rua. 

Beijinhos meus e lambidas felizes do Farofinha...

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

VÍCIOS...

Vamos falar de vícios...
Até que ponto podemos dizer que não somos "viciados" em alguma coisa? 
Respondo: Até o ponto que você consegue passar dias, semanas sem fazer tal coisa e não sente a menor falta... Agora, se você é daqueles que jura que é a "última vez", "só essa" e 5 minutos depois está fazendo a mesma coisa escondido, parabéns! Você é um viciado em alto grau!
 
Foi assim que me dei conta que sou viciada em "redes sociais", quando me dou conta de uma pilha de revistas para ler, trabalhos extras acumulados, cafeína e mais cafeína, não tinha ânimo pra fazer algumas coisas, mas tinha ânimo pra ficar horas e horas conversando, as vezes assuntos bons, outras vezes, apenas bobagens mesmo, é que percebi que a coisa estava fugindo do controle, ao ponto de dormir com o Ipad do lado e acordar no meio da madrugada pra ler as postagens, sem contar que eu não levava mais revistas pra ler no banheiro, eu levava as redes sociais... Preocupante demais!
Fiz amigos muito bacanas nas redes sociais, mas algumas vezes acho que pisei na bola ou não consegui me fazer entender e isso complica muito mais quando é exposto numa rede social... Não dá pra ser transparente nesse lugar, você acaba sendo "chato", "mal interpretado", "depressivo" ou até "maluco", vá entender... E eu que sou transparente demais, só me ferro, ou eu viro a doida o tempo inteiro, ou nessa fase, me calo e fico só lendo.
Por isso hoje resolvi dar um basta! Não excluí as contas, até porque depois o abuso passa e você fica com a "cara de pastel" (nunca entendi esse termo) pedindo pra todo mundo te adicionar em um novo perfil. Resolvi colocar que estava me ausentando por um tempo porque vou me dedicar à novos projetos, o que não deixa de ser uma verdade, preciso colocar a vida em ordem. Não estou lendo as coisas que preciso, o serviço está acumulado, e pra completar, estava de férias (tive que interrompê-las porque uma colega se acidentou e está de licença) e nos 14 dias que fiquei em casa não fiz absolutamente nada, a não ser ficar nas redes sociais.
Sim, sou viciada, mas até os vícios tem seu dia de cura, acho melhor aproveitar o abuso que estou e matá-lo enquanto é tempo, hoje entrei nas redes e pela primeira vez, fiquei abusada de ler sempre a mesma coisa: O povo reclamando do horário eleitoral, do caos da saúde, do programa da tv que é chato, do órgão tal do governo que não funciona, das barbeiragens do transito, etc... Isso cansa, acho que dessa vez cansei!
Como boa viciada ainda entro pra dar uma olhada se escreveram alguma coisa, mas tem sido mais espaçada essa "olhada" e vontade nenhuma de comentar ou responder...
Vamos ver se agora consigo colocar meu mundo em ordem de novo, emagrecer, ter vida saudável e trabalhar, preciso de novas distrações que não o maldito vício que me consumiu sem perceber...
Beijinhos e torçam por mim...

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O RETORNO DAS BORBOLETAS...


Desde de maio que não posto nada por aqui, acho que está mais do que na hora de retomar as coisas que gosto e conversar comigo mesma, aquela conversa franca que só o "meu eu" sabe proporcionar. 
Ainda não me lembro as razões porque deixei de escrever aqui, mas a unica certeza que eu tenho agora é de que quero voltar ao meu espaço que por muitas vezes foi o meu maior confidente, me ajudando a organizar o meu pequeno mundo complicado.
Em meio à uma turbulenta e triste segunda-feira, volto ao meu melhor lugar onde começo com um belíssimo poema que sempre teve muito significado pra mim (tanto que tenho um trecho dele pintado na minha parede).

BORBOLETAS 



"Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.
As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.
Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.
As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.
Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você. 
O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você. 

No final das contas, você vai achar 
não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!" (Mário Quintana)

terça-feira, 15 de maio de 2012

MEU AVESSO...

Não sou uma pessoa fácil de se lidar, tenho minhas alegrias, minhas tristeza, meus pantins (frescuras), mudo a direção do meu vento apenas com um pensamento. As vezes posso ser a melhor amiga, mas também sou  de ficar um tempo afastada, não porque a amizade não era a mesma, mas sim, porque não tenho alegrias para compartilhar naquele instante.
Me encanto fácil, mas isso não quer dizer que estou apaixonada ou fazendo planos para o futuro, mas sim, que naquele momento você foi diferente ou especial pra mim.
Não sou a melhor irmã, tia, prima, madrinha do mundo, mas sou aquela que sempre poderá vencer as barreiras internas e chegar junto (isso vale para os amigos).

Não sou de dar alô todos os dias, as vezes posso demorar meses e até anos, mas sempre lembro de quem eu gosto a todo momento.

Meu maior defeito não sei qual é, mas a unica qualidade que sei que tenho é a de me doar pra quem precisa, mesmo que seja aquela que já me fez chorar um dia.
Não espere perdões, desculpas ou razões, e sim perdoe, se desculpe e sonhe, talvez essa seja a única forma de se viver sem medo e sem mágoas.
Posso não ser mar, mas sempre poderei ir além do infinito que o horizonte me dá...


domingo, 13 de maio de 2012

MÃE, ESTOU NO LABIRINTO DA SAUDADE

Hoje é o Dia das Mães, segundo muitos: "É um dia criado pelo comércio, dia das mães é todo dia"... Sinto informar mas não é bem assim não, é o dia mais pesado na vida daqueles que já viveram a partida da mãe querida para o céu (a passagem, para os espíritas) eu mais do que ninguém sei disso, a 3 anos a minha se foi, lembro dela todos os dias, mas hoje, é um dos dias que dói mais essa ausência. Tentei o dia inteiro não chorar, corri desse encontro com a saudade o dia todo, fiz faxina, tentei buscar um motivo pra sair, pra tomar aquele banho rápido e cair no mundo, mas nada disso deu certo, a faxina acabou, os amigos se ocuparam e o encontro com a saudade, os pensamentos e as lembranças me esperavam debaixo do chuveiro, junto com o rio de lágrimas que eles causariam (Quem nunca chorou embaixo do chuveiro que atire a primeira pedra).
São tantas saudades, até hoje por volta das 13h30 fico olhando o celular na esperança que ele toque e seja ela, tínhamos esse hábito de nos falarmos na hora do almoço, ela almoçava, ia se deitar ao lado do meu pai e ligava pra mim pra saber se eu já tinha almoçado e como estavam as coisas no trabalho, me ligava também quando ela e minha irmã brigavam e pedia que eu desse um jeito na situação, nessa hora eu parecia mais a mãe do que ela. Me dá saudade quando ela acordava, vinha pra o meu quarto e ficava na minha cama enquanto eu ficava no sofá, já que eu tinha a mania de passar a noite inteira pulando da cama pra o sofá e vice e versa, ela era a companhia do meu pai o tempo inteiro e ele dela, quando ele tinha alguma coisa por causa da doença, ela não sabia agir mas era ligeira em nos chamar, brincávamos que ela era como um cão de guarda do meu pai, qualquer coisa ela gritava e a gente corria.
E o cafuné que ela sempre pedia no cochilinho da tarde quando eu estava em casa deitada na minha cama? Impossível esquecer... Ela era minha maior companheira, ela e meu pai, lembro de suas palavras: "Seus amigos são seu Pai e sua Mãe, os outros são meros personagem que entram e saem da sua história de vida". Agora que os dois se foram, me sinto perdida num labirinto da solidão, com paredes maiores do que eu onde não dá pra enxergar o outro lado. Ficaram apenas os personagens, mas como na maioria dos livros, na hora do perigo e da tristeza eles somem como por encanto e você se vê obrigada a andar pelo desconhecido de paredes levando apenas a solidão e as palavras que seu amigo Pai e sua amiga Mãe te disseram ao longo da vida.
Se saudade mata eu não sei, mas que dói um bocado, ah, isso dói, parece que cada ano que passa a dor aumenta mais, no primeiro ano tudo é esquisito, a gente fica dormente, não sabe se chora, se corre, o que é que faz, mas no terceiro ano eu digo, é complicado e dolorido demais. Pra quem é casado, pode ser talvez menos dolorido porque se concentra mais na sua "nova" família, mas pra quem viveu todo o tempo ao lado dela como eu na mesma casa, é uma dor sem fim.
O jeito é aliviar a dor percebendo as coisas boas que herdei dela, como fazer aquele frango assado com batatas que todos da família adoravam quando ela fazia. Passei por uma prova de fogo no dia do trabalhador, minhas sobrinhas pediam que eu fizesse o tal frango com batatas, afinal, eram pequenas quando comeram o prato feito pela avó, embora a própria mãe delas tenha feito, mas segundo elas, não passou nem perto, tinha eu a missão de preparar tal iguaria, assim como outro dia tive que encarar o preparo de uma feijoada como ela fazia e que graças a Deus saiu exatamente do jeitinho dela. 
Bem, voltamos ao tal almoço, preparei tudo, até a lasanha do mesmo jeitinho como ela fazia, fiz tudo exatamente como ela preparava (ela me ensinou desde pequena a cozinhar), e pra variar, todas as vezes que eu tirava do forno pra mexer as batatas e virar o frango, roubava umas batatinhas pras sobrinhas provarem, foi aí que percebi que tinha feito tudo como ela ensinou, ao ver minha sobrinha de 18 anos chorando emocionada por relembrar a infância com a avó querida que dava umas batatinhas escondidas da mãe que reclamava que iria "estragar o almoço", ali era o sinal que deu tudo certo (até hoje acho que minha mãe está comigo na cozinha nessas horas).
Outra coisa que herdei dela é a mania de deixar as coisas limpas e organizadas, ela detestava bagunça e por mais que estivesse cansada, sempre encontrava forças pra arrumar tudo, pra ela doença não era empecilho desde que se tivesse vontade. Lembro quando descobriu que tinha osteoporose, andava feito uma entrevada, até o dia que se encheu e disse: "Dane-se a doença, tenho muito o que fazer" e nunca teve sequer um osso partido por conta disso, quando tinha dor apelava para o seu bom e velho Melhoral.
São muitas as lembranças, bom mesmo era chegar em casa e ao abrir a porta vê-la sentada na ponta da mesa, sempre com um sorriso a me esperar, ela sabia pelo meu semblante se meu dia tinha sido bom ou ruim, quando tinha problemas no trabalho sempre me dava um abraço e um beijo pra me confortar. Hoje abro a porta e não tenho mais ela alí, sei exatamente o que diz o trecho de uma música: "Naquela mesa tá faltando ela e a saudade dela tá doendo em mim". 
Minha mãe era simples, não tinha grandes vaidades, mas sair sem brincos, relógio e batom nem pensar! Era aquela avó que estraga os netos, dava chocolate escondido dos pais, enquanto cortava a carne pra colocar na mesa dava uns pedacinhos pra eles escondido, mas também sabia coloca-los na linha, bastava franzir a testa e encará-los dizendo: "estão vendo meus olhos verdes?" que todos ficavam quietinhos parecendo uns santos. Não tinha muitas cantigas de ninar, mas a que ela mais cantava era "Maezinha do Céu" até hoje choro copiosamente quando escuto. 
Me orgulho muito da mãe e do pai que tive, sem duvida os meus melhores e perfeitos amigos. Todas as manhãs meu pai coava o café e ela me chamava pra tomar café com ela, era a chamada "reunião de condomínio" pois era no café da manhã que colocávamos o papo em dia, infelizmente, quando tem algo ruim pra acontecer tenho pesadelos horríveis com um antigo mercadinho que tivemos, e na noite anterior tinha sido o pior de todos, acordei com mal-estar, dor de cabeça e quando ela me chamou pra tomar café com ela pedi-lhe que me deixasse ficar na cama mais um tempinho pois eu tinha 15 dias que tinha sido operada da redução de estomago e estava mal mesmo, ela tomou o café sozinha, foi quando ouvi minha irmã gritando pra correr que ela estava passando mal, ligamos pra SAMU que veio prontamente, mas por conta do peso dela tivemos que esperar os bombeiros chegarem, pois moro num 3º andar sem elevador e era preciso a técnica e força deles pra desce-la sem problemas. Os bombeiros tentaram coloca-la em pé pra que a maca se posicionasse atrás dela e assim ir deitando-a devagar já que ela não tinha forças pra se deitar na maca e qualquer tranco poderia quebrar a coluna ou algum osso, foram minutos desesperadores, em um vacilo que eles deram enquanto conversavam como proceder senti minha mãe se esvaindo, foi quando num ímpeto passei meus braços por baixo dos braços dela e joguei todo seu peso sobre o meu corpo pra segura-la (ela tinha 132kg e eu toda ponteada recém-operada, já imaginou o tamanho da minha loucura na hora do desespero?Faria tudo de novo!) foi quando a enfermeira gritou que eu não poderia fazer esforço e os bombeiros correram pra segura-la, enfim, seguiram pro HGE com ela e minha irmã e de lá já foi transferida pra UTI da Santa Casa e nunca mais voltou, Até hoje não me perdoo por não ter tomado aquele último café com ela.

Enfim, ela era meu pilar, meu abrigo, meu conforto assim como meu pai foi mais ainda depois que ela partiu, mas a saudade que ele sentia dela foi grande e um ano depois os dois voltaram a se encontrar lá no céu e eu fiquei aqui sem meus amados e amigos companheiros, morando num solitário castelo cheio de lembranças e com um caminhão carregado de alegrias, saudades e algumas tristezas no coração.
Me sinto como aquele palhaço que faz um mundo inteiro rir, mas que por dentro chora a dor de ter perdido seus pais...

É hora de continuar pelo labirinto e ver se encontro a saída e faço uma nova história, por enquanto o medo é grande, mas vou me agarrando às lembranças que meus amigos deixaram...
Feliz Dia das Mães e não esqueçam: Sempre beijem seus pais todos os dias, digam todos os dias que os amam, pois nunca se sabe quando esse pode ser o último beijo nos nossos queridos amigos fiéis!
Mãe, Pai obrigada por tudo, vocês sempre serão meus melhores amigos mesmo estando em outro plano espiritual. Amo vocês!

domingo, 1 de abril de 2012

LIÇÃO DA NATUREZA...

Esse post de hoje começou dias atrás com um fato muito marcante em minha vida onde a natureza  e as coisas do nosso dia-a-dia nos dão os ensinamentos perfeitos de como superar as dificuldades  por pior que sejam. A pedido da minha linda Fadinha do Saber Silvinha Palmeira, decidi postar aqui no blog (Postei primeiro no Facebook)...

Outro dia, colocando água nas minhas plantinhas da varanda percebi uma coisa, me dei conta de que a vida é como meu pé de "comigo-ninguém-pode". Por conta de um fungo que ele teve, fui obrigada a cortar todas as suas folhas, deixei apenas o tronco bem baixinho, quase um toquinho afundado na terra, todo mundo dizia pra jogar fora, que não ia nascer mais, eu não dei ouvidos e reguei o tronco todos os dias, acreditando que ele iria vingar, e hoje, pra minha surpresa, me deparei com várias folhinhas lindas nascendo do tronco seco dando uma nova vida pra aquele tronco sem graça que todos queria ver jogado no lixo.

Então, a lição é: Por mais que os problemas da vida apareçam e e te cortem pela cepa fazendo você se sentir um lixo, tenha sempre a esperança e regue todos os dias o seu tronco seco com amor, bondade e carinho, seja lá de onde for, é isso que vai te ajudar a renascer e te deixar frondoso(a) com novas folhas lindas, coloridas e mais forte ainda... Afinal, contigo ninguém pode!!!

Para todas as pessoas cujo os problemas estão cortando sua beleza, começa aqui uma nova fase da vida... E cada vez que alguém disser que você é um caso perdido, que não tem mais como mudar seu destino, acredite em você, regue-se, leia, reze, converse com Deus, caminhe na praia, no campo, pise na grama, sinta a energia boa que te cerca na natureza, e no final, você vai descobrir uma pessoa linda brotando dentro de você, só que dessa vez mais forte do que nunca!

Beijinhos


terça-feira, 13 de março de 2012

UNIVERSO PARALELO X VIDA REAL

Começo o meu post de hoje tirando a poeira disto aqui... Faz um tempinho que não pouso por essas bandas, desde que comecei a viver no Universo Paralelo, a Vida Real tornou-se uma coisa deixada no cantinho... Meio confuso isso, mas dá pra explicar...
Desde que entrei no Universo Paralelo chamado: "Redes Sociais", deixei de viver o mundo real, o mundo que me cerca, me absorvi por completo sem me dar conta de quantas coisas eu deixava pra trás sem perceber, coisas que são importantes pra se viver e eu não tinha noção do quanto isso era imprescindível.
Minha rotina no Universo Paralelo era agitada, dormia depois da meia-noite, acordava cedo e já pulava direto pro notebook, os celulares já viviam conectados no twitter, no trabalho, cansei de levar bronca do chefe por estar conectada o tempo todo (embora ele também me pedisse às vezes pra ver o que as filhas estavam postando), meus "amigos" virtuais eram o máximo, alguns até tornaram-se reais mas a maioria era virtual mesmo, gente que brigava porque não ganhava "bom dia", etc... A coisa foi tomando uma proporção tão grande que eu interagia com todos os locutores das rádios, da tv, com pessoas que nem conhecia, enfim, vivia fazendo "gracinhas" pra ser a legal, etc... 
Aí é que a confusão começa, com essa história de ser conhecida eu comecei a ser cobrada, ou seja, eu não podia ter mais meus dias de tristeza, meus dias de raiva, de caverna, coisas que me são necessárias e quem sabe a minha história de vida, sabe bem o quanto esses dias são importantes pra que eu me recomponha.
Disfarcei a solidão de não ter mais pai, mãe e irmão que cuidavam de mim (e hoje estão no plano superior) num mundo paralelo, onde vivia com pessoas ao meu redor me solicitando, querendo atenção, sim, atenção, porque um dos males do Universo Paralelo é que até uma topada é motivo pra drama. Sem contar que tudo é culpa do Governo, coisas que precisam ser melhor repensadas, explico: Como eu posso brigar porque o cara me cortou pela direita, se eu bebo e dirijo? Brigar porque a minha rua alagou, mas eu chupo uma bala e jogo o papel no meio da rua? O governo é responsável por muitos desvios, falta de atendimento, de educação, e de muita coisa torta, mas é hora de repensar as nossas atitudes antes de criticar somente.
Bem, isso foi só um exemplo, voltemos ao Universo Paralelo, me fiz "refém" desse mundo imaginário aplacando a solidão e confesso, deixei de viver o melhor da minha vida e de quebra ainda ganhei problemas de saúde (que até então parecem um pouco sérios), com isso, por ordem da terapeuta que me fez ver onde estava a causa de todos os males, tive que puxar o plug e desligar esse Universo.
Conversando com ela ri, chorei, fiquei séria, principalmente quando ela me perguntou: "Qual o último livro/revista que você leu e quando foi?" Só pude dizer: "Faz tempo, tenho 5 revistas NOVA lacradas e uns 10 livros novos pra ler" depois dessa confissão desabei a chorar... Sei que muita gente vai dizer:"Ah, mas é exagero, eu consigo fazer tudo isso". Parabéns, você não é viciado ainda, porque eu sou e não me orgulho disso. O vício era tanto que eu almoçava lendo as redes sociais, interação com as pessoas à minha volta na mesa? Só se elas tivessem twitter, caso contrario, nenhuma!! Falta de educação extrema, concordo! 
Por vício nas redes sociais perdi uma pessoa que amava, a coisa já andava desgastada, mas piorou muito depois disso, talvez hoje o fim existisse mas com certeza seria um fim mais ameno e não turbulento como foi... Me vi pedindo atenção: "Gente, to com dor de cabeça, me papariquem!", "Levei uma topada, cadê vocês pra levantarem meu ego, etc..". E na vida real, quantas vezes seu telefone ou sua campanhia tocaram com alguém do outro lado pra te dar um abraço por isso?! Nenhuma vez!!
Por conta desse imaginário mundo, deixe de passear na praia com os amigos queridos ou até sozinha só pra relaxar (moro à 4 quadras de uma praia linda, absurdo), me distanciei dos amigos reais, da família... Sim, dos amigos reais, como aquela amiga que sempre me acompanhou a vida inteira, sabe minhas dores, meus amores e hoje tem uma mãe doente, a qual eu nunca fui visitar só pra dar um abraço, e ela não mora em outro Estado não, ela mora no bairro próximo à mim, absurdo não?!. Agora pense: Quantas vezes você ligou pro seu amigo querido e disse que estava com saudades? Ah, nenhuma, mas você "tuitou" um bom dia pra ele... Não é a mesma coisa do que ouvir a voz do amigo, saber pelo seu tom de voz que ta tudo bem ou tem algo errado.
Sou muito transparente, quero ter meus momentos de crise, de felicidade, de loucura e não dá pra ter isso nas redes sociais, você acaba sendo descrita como "bipolar" ou outra coisa do gênero Quero ser do meu jeito, simples, maluquinha, engraçada, com tpm, amorosa, não quero mais essa falsa alegria do Universo Paralelo onde lá é tudo lindo e na vida real tudo vira um caos...
Não é facil "desplugar" do dia pra noite, hoje ainda me pego lendo o twitter de vez em quando, só não comento nada, aos poucos estou colocando o pé na vida real, o que o médico me disse sobre o estomago foi assustador, todo o meu foco de tensões e problemas tá indo pra lá e criando feridas, então, eu preciso achar mecanismos que me façam relaxar, como dormir, ouvir musica, ler romances que eu tanto gosto, andar pela orla, plantar flores. Tudo isso abandonado depois que entrei pra o mundo paralelo. O absurdo é tanto que cheguei a ter 2 rádios, tv e câmera de estúdio de wberadios ligados ao mesmo tempo, só pra interagir em tempo real com todos no twitter, ninguém tem noção do quanto isso é desgastante, principalmente se a conexão cai.
Então, é hora de voltar à realidade, com problemas, mas com horas de lazer e relaxamento, pelo menos o hábito de dormir cedo e a noite inteira ouvindo musica eu já recuperei, é uma delícia, meu notebook que estava para a dois dias foi ligado hoje pra fazer um trabalho e vir aqui retomar o hábito prazeroso de escrever no meu blog, até meu diário foi retomado hoje, é uma das coisas que adoro fazer, escrever coisas do meu cotidiano e ler anos depois, rindo das coisas que me aconteceram, meu Ipad hoje é um mero brinquedinho pra desenhar com o Draw, adoro desenhar nesse joguinho.
Enfim, back to reallity é a ordem do momento, organizar a casa, ver o azul do mar, voltar às minhas caminhadas que eu tanto adorava e viver o mundo que me espera fora da tela do computador, se volto ao mundo paralelo? Creio que sim, mas em doses homeopáticas e muita moderação, preciso retomar a vida real estacionada no cantinho.
No domingo liguei pra duas amigas importantes do meu passado e confesso, foi tão bom rirmos juntas e confessar as saudades, mas ainda tem mais gente pra ligar, visitar, sair pra rir, ir ao cinema, tudo com calma, sem pressa e sem estar plugada no mundo virtual, passear sem pressa pelo shopping, desligar os celulares à noite inteira sem culpa e acima de tudo retomar os cuidados com a saúde que é o mais importante...
Bem-vindo(a) à minha estranha loucura, mas sensata de vez em quando! 

domingo, 22 de janeiro de 2012

SOMEONE LIKE YOU - ADELE

I heard that you're settled down
That you found a girl and you're married now
I heard that your dreams came true
Guess she gave you things, I didn't give to you

Old friend
Why are you so shy
It ain't like you to hold back
Or hide from the light

I hate to turn up out of the blue uninvited
But I couldn't stay away, I couldn't fight it
I hoped you'd see my face and that you'd be reminded
That for me, it isn't over

Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you, too
Don't forget me, I beg, I remember you said
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead, yeah

You'd know how the time flies
Only yesterday was the time of our lives
We were born and raised in a summery haze
Bound by the surprise of our glory days

I hate to turn up out of the blue uninvited
But I couldn't stay away, I couldn't fight it
I hoped you'd see my face and that you'd be reminded
That for me, it isn't over yet

Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you, too
Don't forget me, I beg, I remember you said
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead, yeah

Nothing compares, no worries or cares
Regrets and mistakes they're memories made
Who would have known how bitter-sweet this would taste

Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you, too
Don't forget me, I beg, I remembered you said
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead

Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you, too
Don't forget me, I beg, I remembered you said
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead, yeah, yeah

"Pode-se evitar o encontro com um grande amor, mas depois de encontra-lo e mesmo que ele se vá algum dia, jamais conseguirás esquece-lo"...