Esse fim de semana fiz tudo de um jeito diferente, resolvi curar a saudade estando perto da minha família, ontem fui almoçar com meu irmão e a familia, e depois passear no Shopping com minha sobrinha e minha cunhada, fomos comprar um presente de aniversário do meu mano, foi aí que me dei conta de pequenas coisas que fazem a gente lembrar mais ainda de quem temos saudade, e que não está mais ao meu lado. Vi uma senhora de cabelo branquinho, sentada no banquinho no meio do shopping, com a mão apoiada na bengala, deu uma saudade da minha mãe, porque era assim que ela esperava a gente resolver as coisas, ela dizia que era agradável ver as pessoas passeando, que se viam vários tipos e jeitos, vi casais de mãos dadas, trocando beijos na escada rolante, vi mulheres e homens numa duvida cruel, sem sabe o que dar de presente pra o(a) namorado(a).
Enfim, detalhes que antes passavam despercebidos mas que hoje fazem toda a diferença, porque dá mais saudade no coração. Ao voltar pra casa, fiquei conversando e fazendo carinho no meu pai, é tão bom encostar a cabeça no seu peito, e brincar com ele, ele fica tão feliz e esse carinho nos aproxima cada vez mais, peço a Deus todos os dias que o dê a melhora, que volte a trazer o sorriso em seu rosto e a vontade de viver...
Depois de tantas emoções, veio a melhor parte, deitar a cabeça no travesseiro e dormir, descansando de um dia de trabalho, lazer e carinho, mas o que a gente faz com a saudade que ainda está lá no peito? Nada, não dá pra fazer nada com ela, apenas chorar se vontade tiver, sorrir ao lembrar de bons momentos, e jurar a si mesmo nunca mais cometer os mesmos erros que tanto nos entristecem.
Hoje acordei mais calma, serena, com vontade de ter um dia diferente, de gente que cresce, como a faxineira esta semana não veio, foi uma ótima desculpa para começar a lavar a alma, fazendo uma faxina boa na casa, minha mãe adorava quando eu fazia, dizia que eu limpava a casa tão bem que dava gosto, liguei o som, e fiquei ouvindo musicas enquanto fazia as coisas, quando terminei tudo, fui pra cozinha fazer o almoço, simples, mas que também ficou muito bom, sempre ouvindo música, pois ela me acalma o coração e a mente e me deixa mais feliz. Ainda arrumei um tempinho pra cuidar de mim, afinal, a gente tem que cuidar do nosso jardim... Entre uma tarefa e outra, ia ter com meu pai pra dar-lhe um beijinho, afinal, passo a semana inteira trabalhando e mal o vejo.
Confesso que o corpo já dá os primeiros sinais de cansaço, mas estabeleci metas e ainda faltam duas a cumprir pra esta noite... Fazer um antepasto de beringela, que provei há tempos atrás feito pela minha madrinha, essa comidinha me remete a tempos felizes, quando dividi com um pessoa muito especial, numa noite linda uma torrada com o antepasto, dois dias depois eu voltaria pra minha cidade, e só restariam as lembranças desses pequenos e lindos momentos... Ele continua lindo, pelas fotos novas que vi hoje, e a saudade é imensa, mas é hora de parar de fazer o outro sofrer, por mais que a saudad aperte o coração. Eu faço mal e é hora de parar...
Mas, saudades à parte, a ultima meta, é adiantar uns trabalhos que ficaram anos pendentes aqui, e que agora retomei, que vão me render uma boa graninha...
Estou tentando fazer as coisas de um jeito diferente, maduro, quem sabe assim as coisas mudam pra melhor e eu finalmente consigo ter meu ponto de equilibrio e maturidade, quem sabe assim, eu seja alguem que faça as pessoas se orgulharem por ter conhecido.
"Deus me ajude a cada dia a ser uma pessoa melhor, concedei-me a serenidade para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar as coisas que eu posso e sabedoria para saber a diferença, vivendo um dia de cada vez"

Correndo atrás das borboletas... (Mário Quintana)
Não podemos esquecer de falar como era querida essa Isabel Vovó, como ela gostava de jogar ou brincar com os netos, e como os netos adoravam essa avó, a sempre querida “Vó Bel”, quando eram arteiros não precisavam de palmada, bastava ela dizer: “olha os meus olhos ficando verdes” que eles ficavam calminhos e bem quietinhos, esse era o código pra não fazer bagunça, todo mundo tinha um respeito danado por aqueles olhos verdes... Até hoje alguns já grandes, lembram com saudades desses momentos.
